SABE-SE LÁ!

E nessa tarde, em especial,
sentada à beira da praia,
contemplou a linha do horizonte,
dela, tão distante
e se sentiu mais só
do que jamais estivera antes.

Pensamentos dispersos.
Na alma nem um verso,
apesar do imenso universo
que estava à contemplar...
...Uma certa ambivalência,
Um " Nada querer",
talvez um dormência
no viver.

De repente,
uma brisa diferente...
Um transbordamento no ser
Um júbilo, um enaltecer n'alma
Paz, acalanto, calma
Despertar espiritual?
Sabe-se lá....!
Mas nada mais foi igual.
As águas agora mais azuis
No céu um fulgor de luz
Epifania?
Euforia?
... Ela não sabia, mas
agora, já não tão só
mais se sentia.

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