DE NÃO SER COISA ALGUMA
De não ser coisa alguma consiste o livro aberto
Que leio ao largo do mundo.
E as pessoas, rostos, perfumes, ilusões,
Tudo está vivo e solto
Nas páginas alvas que se dobram.
Sorrisos, bolas vermelhas, areia e sal!
Taça única sobre a mesa.
Olhos que se abrem e fecham repetidas vezes
Pelo manuseio das folhas...
vila rosa é a conquista certa
O porto das lembranças cheias,
Sono leve que embala
E faz pensar em não ser nada
Coisa alguma que valha a pena pensar.