O contar aos que não querem ouvir
Velhos registros que não parecem ter fim;
Relatos sobre vidas de outros...e de mim;
Histórias que poderiam ter sido contadas
Às pessoas que se mostrassem interessadas.
Pois ainda há conflitos, por ânimos exaltados;
Lembranças de traumas passados;
Resultados de paixões mau resolvidas,
Que marcaram atitudes íntimas não consentidas.
E fala-se de encontros com mulheres muito bonitas;
Que teriam sido seduzidas e que hoje vivem aflitas.
Dos homens compulsivos que rompiam portas e janelas
Para encontros com suas amadas singelas.
Lembramos que as águas de hoje, não voltam sob as mesmas pinguelas
E que hoje esses, já velhos homens, não atraem mais donzelas;
Muitos, também já derrotados pelo tempo
como tantos senários arruinados pelos ventos.
Havia, também, o tempo das bandinhas nas pracinhas;
Belos casais dançantes de festinhas;
Consciências sobre os " diferentes";
Convivências pacíficas entre estranhos e entre parentes.
E, nos banhamos com as águas claras dos nossos sonhos;
Damos concelhos antes da nossa partida...
Tiramos das nossas façanhas, os exemplos para outras vidas;
Apontamos para onde muitos alcançarão suas glórias;
E sabemos que, todos, farão suas próprias histórias.