O contar aos que não querem ouvir

Velhos registros que não parecem ter fim;

Relatos sobre vidas de outros...e de mim;

Histórias que poderiam ter sido contadas

Às pessoas que se mostrassem interessadas.

Pois ainda há conflitos, por ânimos exaltados;

Lembranças de traumas passados;

Resultados de paixões mau resolvidas,

Que marcaram atitudes íntimas não consentidas.

E fala-se de encontros com mulheres muito bonitas;

Que teriam sido seduzidas e que hoje vivem aflitas.

Dos homens compulsivos que rompiam portas e janelas

Para encontros com suas amadas singelas.

Lembramos que as águas de hoje, não voltam sob as mesmas pinguelas

E que hoje esses, já velhos homens, não atraem mais donzelas;

Muitos, também já derrotados pelo tempo

como tantos senários arruinados pelos ventos.

Havia, também, o tempo das bandinhas nas pracinhas;

Belos casais dançantes de festinhas;

Consciências sobre os " diferentes";

Convivências pacíficas entre estranhos e entre parentes.

E, nos banhamos com as águas claras dos nossos sonhos;

Damos concelhos antes da nossa partida...

Tiramos das nossas façanhas, os exemplos para outras vidas;

Apontamos para onde muitos alcançarão suas glórias;

E sabemos que, todos, farão suas próprias histórias.

Ivan Limeira
Enviado por Ivan Limeira em 11/01/2019
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