Porque poesia?
O que é poesia senão nossa volúpia euforia?
Qual cântico que transcende todo véu...
Despimo-nos de todo e qualquer invólucro
E aceitamos toda culpa de que somos réu.
Que poesia é essa que expande sem limites?
Que verbo é esse que insolúvel se recrimina?
Na dialética da existência e inexistência vil.
Tal crisálida semente, morre e ensina.
São guerras internas do homem ju...
É Ulisses espargindo armadura insana...
Lapidando a centelha que se exprime.
É a virtude, sobretudo tardia que emana.
Messe de encantada sinfonia dor
Suprimindo os incautos pensamentos
Torvelinhos da coletividade volúpia
Quando enfim finda se todos os tormentos.