DESENCONTRO
Tu te sentes perdido
aí no qualquer lugar
a que foste desavisado?
Pois que te encontres com Flor,
com Pessoa,
a quem a pena, se dói, não dói...
a quem o o verso, se mente, não mente,
e a lira canta com o encanto do sem canto!
Se, mesmo, ficares perdido na esquina,
busca a orla e o umedecer
dos pés no crespo das ondas
doces do Tejo.
Para o lamento...
que brilhem olhos ausentes.
Para que de ti a ti a distância
se anule,
fecha teus olhos rasos
e chora o último rio em que te afogues!