COISA

Vejo em mim,em ti, em tudo que há,

A letra mal desenhada do quase tudo,

do nada.

Dendém, vem...

Prepara o fogo na terra,

Escorre o óleo no candeeiro,

Ilumina meu caminho, Dendém!

Sem teu pouco de calor,

Minhas mãos ficam inertes,

E, frias, não conseguem desenhar o dia,

E, Dendém, ficarei nesta noite?

Deixa de meus dedos crescerem flores!

Quem sabe, Dendém,

a primavera

trará mais abelhas

e o mel untará nossos lábios cruéis!

Dendém, dá à ida e à lida

O sentido da volta,

Que criará na rota,

O sentido do dia.

Dendém,

Também

Para a vida,

Para a coisa incompreendida,

O amém!

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 11/12/2018
Reeditado em 29/01/2019
Código do texto: T6524752
Classificação de conteúdo: seguro