MORTE/VIDA
VIDA
Desesperadamente amo
o que nem sei que amo.
Amo por buscar o amor
nos lados adversos.
Nas curvas terríveis,
amo o amor traidor,
preparado para
alinhavar o abismo.
Enfeitado de glicínias,
O amor urge o abraço,
o beijo áspero
que acredita e dita.
O pulo:
voar de braços abertos
no ar sem ar.
Sufocar na terra do amor,
isenta de água,
cheia de abraços,
ladrões de mais amor.
Para, de repente ,entrar no jardim
sem saída,
paisagem florida
alma torcida,
luz atrevida:
A sombra da despedida.
MORTE
Desesperadamente vivo
o que nem sei que vivo.
Vivo por buscar a vida
nos lados adversos.
Nas curvas terríveis,
vivo a vida traidora,
preparada para
alinhavar o abismo.
Enfeitada de glicínias,
a vida urge o abraço,
o beijo áspero
que acredita e dita.
O pulo,
voar de braços abertos
no ar sem ar.
Sufocar na terra da vida,
isenta de água,
cheia de abraços,
ladrões de mais vida.
Para, de repente ,entrar no jardim
do norte,
que talvez porte,
suporte,
transporte
O caminho de minha
sorte.
Helena Souza