PARA QUEM NUNCA TIVE

Dou as costas pras costas viradas pra mim;

sei que fiz o que pude pra que assim não fosse,

não é doce amargar o que sinto aqui dentro,

mas o fim dessa história não seria outro...

Fecho a porta pras portas que vejo fechadas,

porque sei que me abri muito além do que pude,

fui além das fachadas com todo meu eu,

para dar o melhor do que tive a dispor...

Percebi que meus gritos não tinham cavernas,

nunca houve um só eco de quem mais amei

e usei toda força de minhas aortas...

Paro todo meu ser pros corações inertes,

deixo meu coração ser apenas um nervo,

já não fervo meu sangue por veias vazias...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 03/12/2018
Código do texto: T6517746
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