SONO
Piso a grama desta primavera
com grata desconfiança!
Este verde tão
brilhante
Arde em meus dedos
Que o seguram com cuidado.
Que tal algumas flores neste meu fazer poético?
Terra seca para o plástico imune à decomposição!
Pesa-me o sono,
dormirei sem o sonho que
borda e castra
as palavras de meu inconsciente.
Estou, vejo, perco a hora!
Alguma cor há de chorar
Nesta tarde chuvosa!
Valsa imperiosa...