REDOMA DE VIDRO
Quantas coisas delicadas
Depositadas na redoma
Protegidas e guardadas
Da impureza que engoma
Mas ali também ficou
O amor inocente e pueril
Que a malícia não tocou
Nenhuma mácula sentiu
Mas o tempo foi passando
E a inocência se perdeu
A pureza se desgastando
A malícia foi quem venceu
Foi como a redoma quebrada
Que a ninguém mais protegia
Não havia inocência, mais nada,
Só a saudade que se sentia
E hoje, aos cruéis desenganos
Que a vida nos faz sofrer
Na redoma dos meus velhos planos
Como eu queria me recolher!
Ilha Solteira/SP
09/11/2018 – 16:32h