REDOMA DE VIDRO

Quantas coisas delicadas

Depositadas na redoma

Protegidas e guardadas

Da impureza que engoma

Mas ali também ficou

O amor inocente e pueril

Que a malícia não tocou

Nenhuma mácula sentiu

Mas o tempo foi passando

E a inocência se perdeu

A pureza se desgastando

A malícia foi quem venceu

Foi como a redoma quebrada

Que a ninguém mais protegia

Não havia inocência, mais nada,

Só a saudade que se sentia

E hoje, aos cruéis desenganos

Que a vida nos faz sofrer

Na redoma dos meus velhos planos

Como eu queria me recolher!

Ilha Solteira/SP

09/11/2018 – 16:32h

Daniel L Oliveira
Enviado por Daniel L Oliveira em 09/11/2018
Código do texto: T6498766
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.