Ah! QUISERA...

Ah! quisera

pudéssemos andar a esmo

em esquecimento ébrio

e revivescer histórias antigas

lacradas em garrafas

perdidas na imensidão dos oceanos.

Ah! quisera

pudéssemos reencarnar

o corpo da virgem maculado

pela sanha dos bucaneiros

e devolvê-lo ardente ao abraço

de quem a espreitasse no cais.

Ah! quisera

pudéssemos, tu a virgem, eu o amante,

refazer das brigues a rota errante

e em um caso de amor intenso

tornar-nos inseparáveis

como o mar e o firmamento.