Fermentando
Não quero ser seu pesadelo,
tampouco selvagem à sua cola,
muito menos, seu preto básico
domado ou de sua estimação.
Eu confesso sim, que meu medo
não passa por suportar sua sacola.
muito menos, seu luxo trágico
forjado na minha submissão.
Nunca mantive esse segredo
o nojo de depender de sua esmola,
muito menos escondi o meu asco
talhado em sua "casta" compaixão.
É. creio que daqui vou só!
Talvez leve a incerteza de amanhã,
mas a dúvida na minha mochila
é minha proteção para o que vier.
Uma sombra contra chuva e sol,
uma refeição na leveza da maçã,
mas a dúvida também é tranquila.
É minha compreensão de tudo que é.
Eu confesso que ainda não terminou.
Não sinto que minha retórica seja vã,
mas a dúvida é vinho, não se destila.
É minha fermentação a amadurecer.
Prefiro seu ódio à sua proteção.
O abraço que não seja carinho
resta-me duvidado e a dissimular-me.
Mina-me a força para o caminho,
mata-me a certeza da reação,
vacila-me os brios que me fazem lutar!