QUESTÃO
Há,no inferno, flores que cantam,
Que, no entanto do incêndio,
respondem à dor desesperada
Com apenas o leve retorcido
de folhas e flores.
Há no céu, flores que riem,
Que, no entanto de ventos,
Respondem ao prazer abençoado
Na narcolepsia de terra e água.
Rio, correndo sobre minhas mão, sem culpas e belos!
Terra, dormindo, abaixo de meus sossegos, cansada!
Perdoem o meu não-entender!
Quero a floresta, o pântano carnoso, o cume rarefeito!
Vivo mal satisfeita, deitada no meu jeito,
Pedindo gelo, vapor , líquido da água,
Para abençoar o batismo do viver,
Para perdoar o questionamento por só ser.