2018
Para parecer verdadeiro,
Branqueou os dentes
E ficou brilhante.
Para parecer confiável,
Limpou as roupas
E foi aceito.
Para parecer amigo,
Colocou nos olhos o brilho
E deram-lhe as mãos.
Para parecer capaz,
Criou calos na palma
E o abraço o aqueceu.
Comeu e viveu os enjoos da carne,
Amou e vomitou os suores do corpo.
Dormiu e sonhou os horrores da máscara.
Acordou com a adaga fincada no peito,
Tudo pronto,
Tudo feito,
Não haveria outro jeito.
Ali o coração bateu...