Quisera versar como os passarinhos
Que não intricam seu canto
Cantam sem pedir consentimento
Levinhos, levinhos...
Como plumas ao vento
Simplicidade e encanto.
Quisera versar como as rãs
Sem metafísicas ou filosofias
Apenas pular sob o orvalho de manhãzinha
De um verso ao outro com harmonia
Sem pressa ou afãs
Nos lagos de águas razinhas.
Quisera ainda versar como os amantes
Que se beijam com ternura e paixão
Sem saber das "coisas" ou das horas
Amar e amar sem qualquer ponderação
Sem vendas ou penhoras
Sempre mais do que nunca antes.
Enfim, quisera ser poetisa
Para eternizar as histórias da vida
As amizades dos nossos dias
Os amores que o tempo eterniza
Numa ode bela e querida
Cheia de beleza, contentamento e poesia!