Minha Janela

Nesse momento a luz da lua, passa

pela minha janela e desenha no chão

do meu quarto, sua forma e tamanho.

As grades da janela estão ali. Caladas

adornando o frio piso, do meu quarto

por onde vou e volto tantas vezes, ao

longo da noite, em minha inquietação.

E o meu olhar se fixa no vão da janela, enquanto me perco, na imensidão dos

meus pensamentos... Penso em ti...

Tu que tão divinamente adentrou às profundezas do meu ser, que tão bem conheces a delicadeza da minha alma,

tu que nunca tocastes o meu corpo,

mas que fostes o único a adentrar

em mim, num lugar onde ninguém

jamais havia se quer visitado. Eu

Permiti que chegasses até ali em

mim. E tudo foi tão belo! Foi sublime...

Mas de repente, você pisou em meu

ser. Surpreendi-me. E dentro de mim

abriu -se uma cratera e encheu-se de

dor e de lágrimas. Não o quero mais

Em meu ser. Vá, siga o seu

caminho. Quero apenas

dizer-te que valeu demais. E tudo o

que fora dito e vivido por nós, jamais

morrerá. Os nossos segredos, a

intensidade e a beleza do nosso

amor. Desse amor, que tantas vezes

fora declarado, perante o entardecer,

o luar, as águas, as flores, enfim,

perante o céu e a terra. E toda a

natureza guardará para si, a beleza

desse nosso amor. Como também

guardarão em si, o amor, o carinho e admiração que de nós receberam. E por toda a eternidade, o nosso amor

existirá...

Kainha Brito

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Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 28/09/2018
Código do texto: T6462196
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