Minha Janela
Nesse momento a luz da lua, passa
pela minha janela e desenha no chão
do meu quarto, sua forma e tamanho.
As grades da janela estão ali. Caladas
adornando o frio piso, do meu quarto
por onde vou e volto tantas vezes, ao
longo da noite, em minha inquietação.
E o meu olhar se fixa no vão da janela, enquanto me perco, na imensidão dos
meus pensamentos... Penso em ti...
Tu que tão divinamente adentrou às profundezas do meu ser, que tão bem conheces a delicadeza da minha alma,
tu que nunca tocastes o meu corpo,
mas que fostes o único a adentrar
em mim, num lugar onde ninguém
jamais havia se quer visitado. Eu
Permiti que chegasses até ali em
mim. E tudo foi tão belo! Foi sublime...
Mas de repente, você pisou em meu
ser. Surpreendi-me. E dentro de mim
abriu -se uma cratera e encheu-se de
dor e de lágrimas. Não o quero mais
Em meu ser. Vá, siga o seu
caminho. Quero apenas
dizer-te que valeu demais. E tudo o
que fora dito e vivido por nós, jamais
morrerá. Os nossos segredos, a
intensidade e a beleza do nosso
amor. Desse amor, que tantas vezes
fora declarado, perante o entardecer,
o luar, as águas, as flores, enfim,
perante o céu e a terra. E toda a
natureza guardará para si, a beleza
desse nosso amor. Como também
guardarão em si, o amor, o carinho e admiração que de nós receberam. E por toda a eternidade, o nosso amor
existirá...
Kainha Brito
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