Raça

Raça que passa em desgraça

da praça ao mercado de gente

e que sente uma velha ilusão...

Raça que laça e congraça

sua taça de dor, diferente,

indigente, a cantar a canção...

Terra de guerra entre raças,

entre crenças e povos

pelos velhos costumes...

Por costumes novos...

Terra de guerra entre os homens

quando a fome os consome

e os transforma em selvagens

a vagar por pastagens

a procura de um nome...

Negra raça...

Raça negra que ofega

e carrega as correntes

que ninguém quis partir...

Raça negra que sente

uma dor tão pungente

que ninguém quis sentir...

Raça negra!

Uma raça ainda escrava

que o presente ainda agrava

toda a dor que sofreu...

Raça negra... e escrava

cujo sangue não lava

o que não esqueceu!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 28/10/2005
Código do texto: T64453