Os abutres

Os abutres

Que venham pousar os abutres

no umbral sujo de minha janela

morreram as flores que ali existiam

sumiram as borboletas que ali voavam

mas que não venham os abutres

imaginando que estarei à janela

morreu aquele que entristecido vivia

e que pranteava a saudade de tudo

agora tenho pássaros e borboletas

e rego flores onde a tristeza exalava

que os abutres conheçam esse mundo

de horizontes tomados de luz e alegria.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com.com