Janela fechada

Janela fechada

Vivo o silêncio

dos pássaros na solidão

vivo a fragilidade

das folhas no outono

vivo o entristecimento

dos horizontes ao entardecer

vivo a secura

das bocas sem beijos

vivo o sofrimento

das noites dos enfermos

vivo um viver assim

até que tudo passe

e as aflições e as melancolias

por fim tenham fim.

Rangel Alves da Costa

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