ADIAMENTO

Quem dirá que a poesia adia a luz,

borra a cor do brilhar do dia?

Quem , com qual coragem,

dirá que a poesia se acovarda

dentro da violência e agonia?

Poesia...jardim de lírios?

Poesia...amor cortado

com tesoura de aço afiado?

Silêncio...o murmúrio chora amargo,

pela dor, pelo mal querer do mal sentir...

Presa, a voz canta o futuro..

Na realidade do desejo maduro,

acolhe nas mãos o fazer arado,

na verdadeira aragem,

na verdadeira plantação

de esperanças cantáveis.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 14/08/2018
Reeditado em 20/08/2018
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