POR SI
Não esperarei a mão suave ,
O doce retorno, o soar risonho
de meus dias neutros:
esse céu colado, essa noite clara,
esse nó esperado, prestes a desfazer-se.
A rota traçada em voz falsa e dura,
O encontro breve em momento leve.
É o caminhar exausto, pouco e doloroso
Da jornada longa e por si só pesada.
Quero a presteza do inútil passo,
a cor desmaiada da tarde inocente,
O sabor insosso da reta cumprida,
O odor suave do calor ausente!
Sei que quero nada.
Destas mãos atadas,
quero o esquecimento.