A ESCRAVIDÃO NO BRASIL - SAMBA (POESIA)

A ESCRAVIDÃO NO BRASIL (POESIA)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Logo assim que começou a colonização,

Para o Brasil veio a escravidão,

Os negros africanos chegavam nas embarcações,

Dos portos litorâneos enviados pelas transportações.

Da escravidão indígena foram de boas abdicação,

Os índios eram de uma mão de obra a obrigação;

Na agricultura, na função açucareira e na mineração,

Abolida pelo Marquês de Pombal no século XVIII a sua incineração.

O índio era lento as suas caracterizações,

Desobedientes traziam diversas complicações;

De revidar nos seus mandantes as diferenciações,

De que era ele um selvagem pronto para suas aplicações.

Trazidos da África capturados nas guerras por confrontação,

A aliciamentos desproporcionados e ludibriados a enganação,

Também nas dívidas ou sequestros para as diásporas de imigração;

Era o negro uma valiosa mercadoria, ou coisificação.

Dos mercadores para os mercados a negociação,

Até as entregas para os senhores dos engenhos a cada apropriação,

De cada um com a sua tarefa instituído a servidão;

Valendo o negro africano escravo pelo que ele realizava na comercialização.

Ter negro escravo em maior quantidade era de suma qualificação,

Deste status subia a um pódio da sociedade a maior colocação,

Das suas mãos, pés e visão dos seus senhores a exatidão,

A fazer lucro daquilo que ele era de comprometida produção.

Dos quase quinhentos anos durou esta compulsória exploração,

Tendo que os negros escravos a se adaptar a adequação,

As resistências foram mais que de uma utilização,

No que o hibridismo foi útil na sua aculturação.

E do continente africano eles trouxeram novidades em ação,

Da sua cultura, culinária ou mesmo da religião,

Das crendices daquilo que eles creditavam como corrimão;

Das suas linhagens étnicas estando prontas a proclamação.

Eram os escravos instrumentos somente de labutação,

Ocupando as fazendas e engenhos de cada um de seu patrão,

O capitão do mato era de implacável perseguição,

Das desobediências ou fuga eram levados a punição.

Uns mais que quinhentos mil escravos foram bagagens dos porões,

Chegaram por aqui no tráfego negreiro desde então,

Das mortes como de assassinatos, suicídios eram como de proporção,

As epidemias dizimavam muitos a toda a multidão.

Até a abolida escravatura a sua finalização,

Em que a Inglaterra a proibia desde a sua pontuação;

De um processo desumano e cruel a desqualificação,

De um ser humano ser tratado com a penosa execução.

A lei inglesa de 1845 levava o tráfico transatlântico a sua proibição;

A lei Eusébio de Queiroz aumentou os preços brasileiros dos escravos causando a sua intensificação;

Em 1870 houve uma diminuição nas negociações dos escravos retendo a sua comercialização;

Em 1871 foi promulgada a lei do ventre livre com todo filho de escravo proprietário da sua libertação;

Em 1885 é promulgada A lei Sexagenários, para escravos maiores de 65 anos, a tornar livre desde então.

Que no dia 13 de maio de 1888 documentou a sua terminação,

Da Lei Áurea assinado pela princesa Isabel foi a conclusão,

No império do seu pai imperador Pedro II a remissão,

Do que era proibido este procedimento a consternação.

Dos portos clandestinos manteve esta continuação,

Que juntos com alguns negros deram uma escondida conflagração,

Dos interiores dos estados a propagação,

Que de nada havia terminado com a escravidão.

Insubordinando com a escravidão moderna até uma abreviação,

De que nos dias de hoje há com exatidão,

Em que os governantes a negam da fiscalização,

Do primeiro país da América a condenação.

Dos crimes contra a humanidade a sentenciação,

De uma corte internacional desde 2017 a legislação;

Que o Brasil peca não cumprindo com a sua determinação;

De um mundo igualitário com fins de inteira complementação.

Escravidão não foi somente pelo tempo da corte imperial não.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 03/08/2018
Reeditado em 14/05/2021
Código do texto: T6408299
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