TARDE

Quando a tarde vem e o dia vai

Se esvaindo em tom prateado

A vermelhidão do arrebol

Traz-me um sentimento alado

Ele que voou para outros cantos

Quando a aurora se fez presente

Volta sorrateiro se esgueirando

Nas ruas tortas da tarde dolente

A angustia é vento que sopra

E vai destruindo tudo

Cacos de ânimo perdidos

No vendaval do meu mundo.

E a tarde é o rugido triste

Dos monstros dos meus temores

Os medos escondidos se mostram

Tarde do frio, da angustia dos horrores.

MÚCIO ATAIDE
Enviado por MÚCIO ATAIDE em 25/07/2018
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