CORPO HUMANO
cabeça formatada
mente de nervos
elétricos impulsos
olhares
sob toldos esfiapados
invadindo d'alma a essência
nariz olfativo
sentindo o aroma das flores
espirrando muitos podres
boca, língua e palato
desvendando sabores
sem pudores ou recato
garganta engolindo vidas
apertada suspira e trava
possuída grita ou cala
ombros, peito, braços, espáduas
carregando mundos
abrindo abraços, guardando espaço
seios, maternais
da terra, veios
nos entremeios, ardor
torso, ventre, cintura
firmes impactos, ninho
rebolando as agruras da vida
púbis, quadris, ancas
delírios, cansaços, regaço
doces tramas e dramas
coxas, bumbum, vão de sonho
charutos, danças, instigante invasão
coisas de se perder o compasso
pernas, joelhos, pés
passos, caminhos, fetiches
trilhas, prazer, estradas, queixos caídos
coração marca o ritmo
pulmão pra suspirar, estômago tem azia
embora seja estranho, tudo virou poesia
cabeça formatada
mente de nervos
elétricos impulsos
olhares
sob toldos esfiapados
invadindo d'alma a essência
nariz olfativo
sentindo o aroma das flores
espirrando muitos podres
boca, língua e palato
desvendando sabores
sem pudores ou recato
garganta engolindo vidas
apertada suspira e trava
possuída grita ou cala
ombros, peito, braços, espáduas
carregando mundos
abrindo abraços, guardando espaço
seios, maternais
da terra, veios
nos entremeios, ardor
torso, ventre, cintura
firmes impactos, ninho
rebolando as agruras da vida
púbis, quadris, ancas
delírios, cansaços, regaço
doces tramas e dramas
coxas, bumbum, vão de sonho
charutos, danças, instigante invasão
coisas de se perder o compasso
pernas, joelhos, pés
passos, caminhos, fetiches
trilhas, prazer, estradas, queixos caídos
coração marca o ritmo
pulmão pra suspirar, estômago tem azia
embora seja estranho, tudo virou poesia