ALMAS SUJAS
A luz que me alumia todos os dias não traz o brilho necessário para clarear a mente daqueles que, propositadamente, arruínam a nossa sociedade com o estrume da ambição e a caveira da morte. Ao meu lado a fome é cíclica, a prostituição aumenta, a demência é assustadora, a lumpenagem acorrenta-nos. Vivemos o clima de insegurança total.
Ó Pátria que não me orgulha!
As igrejas crescem em número e acções diabólicas. E nós? Doentes de paz, procuramos o refrigério espiritual nas cidades dos escolhidos, onde os Profetas ou Pastores que se denominam filhos de Deus, aproveitando-se de nossas fraquezas prometem milagres, nalguns casos a magia é exibida e aplaudida publicamente em jeito de exorcismo, há quem diga que até os mortos são ressuscitados.
Os supostos filhos de Deus são na maioria jovens que enriquecem milagrosamente, a olhos vistos, aproveitam-se de nossas fraquezas, carências, maternidade que se atrasa, doenças que não terminam, pobreza, desencanto nas relações afectuosas, traição, todos os farrapos que carregamos servem para fazer dinheiro.
A magia na cidade de Luanda e quiçá em todo País tem sido a arma catalisadora que nos empurra para esses lugares, não pela crença divina, mas pela ambição de vermos solucionados os conflitos emocionais, derivados de carências, afectiva ou financeira. O facto é que o panorama é assustador e não se vislumbra a curto prazo, nenhum exercício útil para nos animar.
Todos os dias a imprensa comunica as mortes por suicídio, assassinato ou por patologias derivadas de um quadro depressivo gritante. Somos tolos, promíscuos, analfabetos de civismo e amor ao próximo, perdemos a decência, a dolência e o respeito por nós, o que nos resta afinal?
O desemprego é cada vez mais evidente apesar de termos jovens empreendedores ávidos para trabalhar, promovendo empregos com salários dignos, que aguardam interminavelmente pela promessa de créditos. As empresas cada vez mais anémicas fecham as portas e os nossos filhos entregam-se as drogas e ao álcool para esquecer.
Como faremos para sobreviver a esta catástrofe?
Como é governar sem conhecer e conviver com a realidade do País?
Senhores, Permitam que vossos filhos estudem nas escolas que mandaram construir e que sejam instruídos pelos professores famintos, corruptos por necessidade, mal formados por vossa responsabilidade. Deixem de arrancar os dentes no exterior do País e passem a frequentar o Hospital Geral de Luanda, Josina Machel, Américo Boavida e outros, onde diariamente morrem dezenas de angolanos.
A nossa sanidade mental já pede cuidados intensivos, quem ouve as noticias que enfeitam todos os dias os nossos ouvidos, deve ficar tão revoltado (a) quanto eu!
Que haja mudanças senhores!
A luz que me alumia todos os dias não traz o brilho necessário para clarear a mente daqueles que, propositadamente, arruínam a nossa sociedade com o estrume da ambição e a caveira da morte. Ao meu lado a fome é cíclica, a prostituição aumenta, a demência é assustadora, a lumpenagem acorrenta-nos. Vivemos o clima de insegurança total.
Ó Pátria que não me orgulha!
As igrejas crescem em número e acções diabólicas. E nós? Doentes de paz, procuramos o refrigério espiritual nas cidades dos escolhidos, onde os Profetas ou Pastores que se denominam filhos de Deus, aproveitando-se de nossas fraquezas prometem milagres, nalguns casos a magia é exibida e aplaudida publicamente em jeito de exorcismo, há quem diga que até os mortos são ressuscitados.
Os supostos filhos de Deus são na maioria jovens que enriquecem milagrosamente, a olhos vistos, aproveitam-se de nossas fraquezas, carências, maternidade que se atrasa, doenças que não terminam, pobreza, desencanto nas relações afectuosas, traição, todos os farrapos que carregamos servem para fazer dinheiro.
A magia na cidade de Luanda e quiçá em todo País tem sido a arma catalisadora que nos empurra para esses lugares, não pela crença divina, mas pela ambição de vermos solucionados os conflitos emocionais, derivados de carências, afectiva ou financeira. O facto é que o panorama é assustador e não se vislumbra a curto prazo, nenhum exercício útil para nos animar.
Todos os dias a imprensa comunica as mortes por suicídio, assassinato ou por patologias derivadas de um quadro depressivo gritante. Somos tolos, promíscuos, analfabetos de civismo e amor ao próximo, perdemos a decência, a dolência e o respeito por nós, o que nos resta afinal?
O desemprego é cada vez mais evidente apesar de termos jovens empreendedores ávidos para trabalhar, promovendo empregos com salários dignos, que aguardam interminavelmente pela promessa de créditos. As empresas cada vez mais anémicas fecham as portas e os nossos filhos entregam-se as drogas e ao álcool para esquecer.
Como faremos para sobreviver a esta catástrofe?
Como é governar sem conhecer e conviver com a realidade do País?
Senhores, Permitam que vossos filhos estudem nas escolas que mandaram construir e que sejam instruídos pelos professores famintos, corruptos por necessidade, mal formados por vossa responsabilidade. Deixem de arrancar os dentes no exterior do País e passem a frequentar o Hospital Geral de Luanda, Josina Machel, Américo Boavida e outros, onde diariamente morrem dezenas de angolanos.
A nossa sanidade mental já pede cuidados intensivos, quem ouve as noticias que enfeitam todos os dias os nossos ouvidos, deve ficar tão revoltado (a) quanto eu!
Que haja mudanças senhores!