PECADO SACROSSANTO

Foste minha versão de afeto extremo

sem extremos dos quais me arrepender,

nau e remo num mar de calmarias

anti-ouvidos, olhares e suspeitas...

Minha cega esperança em colo amigo,

confiança irrestrita e desarmada,

meu antigo segredo sempre novo;

emoção que o silêncio manteria...

Um ingênuo pecado sacrossanto

entre gestos contidos, conscientes

das correntes e cercas abstratas...

Eras minha saudade do futuro

em um porto seguro que não tive,

mesmo assim ancorei minha ilusão...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 03/07/2018
Código do texto: T6380177
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