Olhos Negros Aí está! tua face negra perdida na madrugada, Tua boca pecadora a beber da deliciosa colmeia, Tua alma velha a renovar o capricho teu em mim. Desarrumaste minhas noites e embriagaste o deserto Açoitastes o vento do norte E arrebentastes os vulcões daninhos. As tuas mãos vadias levou-me a morada, Rasgou o tempo surdo num toque de chegada. A música invadiu o espaço em arritmia. Levada pela correnteza o amor se debate. Logo depois os ritmos cessaram, acordei. Suavemente a manhã desperta a vida E tu voltas às ruas sem olhar para trás.