OLHARES

Olhares de criaturas calmas,

Ligados aos seus bons pensamentos,

Atravessam as janelas de suas almas,

Com visões de puros sentimentos,

para se evoluírem por sofrimentos.

São os olhares imaculados, sem castigos,

Olhares dos que abençoam outros seres.

São invisíveis; anônimos; sem inimigos;

Olhares dos que não buscam prazeres,

Mas procuram seguros abrigos.

Muitos olhares guardaram suas boas lembranças.

Curtiram, até, algumas miragens;

Alimentaram-se de grandes esperanças;

Cultuaram algumas imagens

Em busca de esperanças.

Foram os olhares dos que beberam das águas limpas e frias...

Dos que repousaram sob sombras de árvores, e ali descansaram;

Dos que agradeceram por terem vividos lindos dias.

Foram eles que, em voz baixa e rouca, rezaram...

Por terem conseguido aquilo que queriam .

Foram esses olhares, os que viram algo que outros não viram:

Olhares misericordiosos do perdão;

Da visão, dos poucos, que não aderiram

aos caprichos do mundo da ostentação;

Mas amaram, sempre...com tudo que havia de coração.

Ivan Limeira
Enviado por Ivan Limeira em 23/06/2018
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