Língua

Oh majestosa língua

Que mal suponho roçá-la

Entre sobejos morná-la

Não me deixeis à mingua

Nem por via de mandinga

Num refrão de pensamento

Ousei debelar o tormento

Da sede por tua moringa

Que sal em carne estendida

Arderá em sonoro paladar

Oh libidinosa vens degustar

Esta alma imersa em saliva

Quase sou digno da pena

E de pena em pena cativa

Afivelado em tua prerrogativa

Nestas tuas ancas serenas

Língua que em ti plantando

Por certo, em versos nos dá

E costuma em lágrima regar

Quem já te colhe pranteando

Língua de tez azul turquesa

Aveludada, morna e terçã

Abre-alas de arrebóis e manhãs

Minha adorada língua Portuguesa

Carlos Roberto Felix Viana

CarlosViana
Enviado por CarlosViana em 08/06/2018
Reeditado em 15/11/2018
Código do texto: T6358802
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