Descompasso O suor escorre dos poros, O Grito solto cala os espaços, Laços podem juntar pedras. Nos campos escuros a luz um hora chega. As mãos suadas trouxe arrepios, Almas acesas são vaga-lumes Em papéis amassados tem bilhetes. Ao dobrar a esquina, o tempo fecha. Os teclados perderam o compasso. A voz perdeu o ritmo, a canção a nota, O carro a noção de direção E o coração o pulsar cardíaco. As mãos não saiu dos bolsos, A história ficou sem tempero, A escola de samba sem enredo. O ônibus passou e você não pediu parada.