O poeta em estado lastimável
Enquanto se deteriora o meu ser interior
Meu rosto é banhado de doídos rictos
Nascidos das incertezas cavernais de minha alma...
Neste mundo não há lugar onde me caiba!
Nenhum ser nesta terra pode me amar!
O esquecimento me envole a alma!
Oh, trevas! Oh, ranger de dentes!
Bradam dentro de mim animais desconhecidos!
E eu, eu que me acostumei a me degradar,
Vou diluindo essa for a cada passo,
Apagando uma estrela, derrubando umas folhas,
O mundo que sou vai ficando cada vez mais sem,
Diminuido,
Enquanto ruflam umas assas aínda invisíveis
Sem forças suficientes para me elevarem...
Mas, oh noite infinita,
Eu já me vejo além de ti,
Al di la,
Onde minha existência integrada saberá bailar em todas as situações...