O poeta cria a criatura que o incita
Oh Espectro inexistente de imortal pureza
Que satisfaz todas as minhas estéticas idiossincráticas,
E sensações metafísicas,
Guia-me as mãos e dedos pobres de cera
Que deslizam nesse material platônico,
Onde se moldam os sonhos!
Supremo ser sexualizante de Homero e outros vates,
Acaricia-me também,
E dá sentido aos meus versos
Que querem ser imortais!
Acazala-te comigo, deixa-me fruir de teus nectas imateriais!
Oh, Musa, acende meu coração,
Queima meu Espírito
para que das cinzas surja-me um eu perene!