O QUE DIZER DE UM GRANDE PAI ?
Era de uma boa estatura:
Um semblante de rara simpatia.
Perfil de incomparável criatura,
com sua pele clara e macia.
Era, o Pai que muitos queriam tê-lo
em um tempo difícil de se viver.
Francisco de Assis Limeira,
Era o seu nome de batismo;
Nascido em um Cariri de Aroeiras,
Onde a seca deixou seu abismo,
Em outubro de mil oitocentos e oitenta e cinco,
no dia do Padroeiro, também, Francisco.
Os seus olhos claros, sedutores
E o seu tom de voz incomparável,
o fizeram conquistar seus grandes amores.
Com a sua liderança incontestável,
Conduziu seus irmãos,
do Sertão, para à Capital.
E nasceram os seus cinco filhos, na grande cidade.
Foi mais uma convivência de lealdades:
Solidariedades e respeitos.
Apoiamos o nosso Pai, até, em seus defeitos.
Éramos uma só unidade,
a espera da posteridade.
Lembro-me de um frasquinho de perfumes,
Que o Senhor guardava, com tantos ciúmes,
Em um bolso de uma pesada farda de cor caqui.
Pois, trabalhou para o José Américo, o então Governador;
que lhe tinha como seu exemplar servidor;
além de homem fiel e inovador.
Pai, também me lembro das doenças que me abatiam.
Das febres que, em meu peito, ardiam;
Mas o Senhor, se encontrava, ali, para me socorrer;
Foram madrugadas com rezas e massagens, naquele sofrer,
Mas, isso foi o devolveu-me a vontade de viver;
Com mais alegria e prazer.
E na habilidade de dirigir, despertou admiração.
Pois, provou a sua destreza e a sua vocação.
Foi, também, um conselheiro nas minhas limitações;
Cauteloso , nas suas emoções e nas suas definições.
E com a sua alma, sempre, em elevação,
Foi, para nossas vidas, a maior de todas as lições.