LUA
Presa, louca no céu claro,
a Lua me olha insistente e bela.
Ela, aquela que apela em aaaaaaaaaaah!
Aberto fonema, grito aberto
que aperto em abraço nada lasso!
Olhar de luz,
bolha inflada de sonoro perfume.
Só olho,
respeito,
só respiro a imagem falsa
que se instalou em mim.
O universo indiferente observa.
Quem sabe,
de olhos fechados,
o mistério
se abra em terra
de que me faço.