SUSTO

O andarilho corta

seus dedos úteis!

Para o conforto,

Entre tanto macia,

embora ardente!

A dor do pisar conduz o caminho.

E o caminho na roda dentada

organiza movimentos.

Os dentes da fera sangram,

o outro dilacerado convulsiona

a vontade condenada à dor.

Se o tempo urge,

a vontade toca o agora.

Que se levante o sol:

sua luz, seu calor, seu brilhar.

E que a noite cubra o ombro

ali posto para carregar a dor,

a dor do irmão,

a dor de quem sabe ,

a dor de cada sim

e a do definitivo não.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 20/04/2018
Reeditado em 10/07/2018
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