SUSTO
O andarilho corta
seus dedos úteis!
Para o conforto,
Entre tanto macia,
embora ardente!
A dor do pisar conduz o caminho.
E o caminho na roda dentada
organiza movimentos.
Os dentes da fera sangram,
o outro dilacerado convulsiona
a vontade condenada à dor.
Se o tempo urge,
a vontade toca o agora.
Que se levante o sol:
sua luz, seu calor, seu brilhar.
E que a noite cubra o ombro
ali posto para carregar a dor,
a dor do irmão,
a dor de quem sabe ,
a dor de cada sim
e a do definitivo não.