MEU QUINTAL

Uma rede me aguarda no quintal;

numa sombra que a mão até apalpa;

rede não social, por ser só minha,

só aceita o calor de minha pele...

Os calangos procuram meus sinais,

a mangueira não sabe o que dizer,

nem a cobra cipó entre a folhagem

faz menção de saber aonde ando...

Vim ao bairro buscar o que não planto

no meu canto, na terra de arvoredo;

volto logo a compor essa paisagem...

Minha fauna se une à minha flora

nesta hora de ausência inesperada;

meu quintal me requer, pois mora em mim...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 13/04/2018
Código do texto: T6307224
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