Venerada primavera
Na esquina da minha rua, na rua de minha casa.
Uma linda primavera me instiga e se insinua
Branca vermelha amarela, formosa que não se explica.
Desde o pé da primavera que faz mais bela minha rua
Na varanda de uma casa na rua de minha casa
Como se olhos tivessem me olhando a tal primavera
Olhos de flor que encanta a quem ouse olhar pra ela
Às vezes causa ciúmes a alguém que na rua passa
E ao vê-la tão somente, pensamentos criam asas.
E a mente que tão somente permite somente olhar
E, além disto, não permite nem sequer poder tocar.
Roubar dela uma semente ou uma flor pra venerar
Variada primavera exibindo cores fluas
Na veneranda varanda da casa de minha rua
Não é mera obra prima que a natureza insinua
A vizinha primavera e a veraz beleza sua
Idal Coutinho