Solo

Solo

Ser em cujo útero,

A semente inocente se guarda,

Aguardando, com paciência,

O tempo exato de germinar.

Céu em que meus pés se firmam,

Tecendo a rota dos meus passos.

Leito que acolhe meu corpo,

Na hora do sono derradeiro.

A vós, que recebeis,

Do Sol as carícias,

Das águas o ósculo,

Dos ventos o abraço.

A vós, a humilde homenagem,

De um poeta que gerastes.

Hebane Lucácius