Do tempo
Foi numa casinha de campo
Harmoniosa e feliz
Que ele surgiu com flores
E autenticidade
Janelas sempre abertas
Certezas todas plenas
Jardim, sempre
Primavera e borboletas
Doçura e magnitude
Na pele o descompasso
E qual viajante
Se fora
Levando os alicerces
Tijolos caídos
Janelas quebradas
Jardim ressecou
Todinhas mortas
As tão coloridas
Borboletas, num suspiro final
E silêncio
Tanto tanto depois
Gramado viçoso
Cheiro das flores
Borboletas nenhuma
Casinha pra quê?
Coração estirado na relva
Manto de estrelas
A descortinar-se
Nos olhos