DISTANTES DA LUZ
Em um mundo de ameaças,
tem soprado, danosos, ventos uivantes.
Existem dores de solidão; saudades e trapaças.
Isso, reporta alguém, como antes,
Às lembranças de seus pegadores, nas suas caças.
Embora passem dias, após dias...
Ainda caminham em busca de seus brilhos.
E até escutam antigas melodias,
para se afogarem em seus delírios,
em climas de euforias.
São longos os seus dias, com ausências de crenças;
Tristezas de periferias;
Tragédias por desavenças;
São como andarilhos desprotegidos; sem guia,
Mas, com cabeças que não pensam.
Nada mais os faziam sentir algúm cheiro.
Perderam o que, ainda, havia de emoção;
Agarravam-se em antigos travesseiros,
como se ainda tivessem forças em suas mãos.
Tudo, era desespero.
Mas, o tempo passou e veio uma saudade.
Agora, só se fala das lembranças...
E abatidos por chagarem a uma certa idade,
sem terem conseguido, se quer, uma criança;
Lamentam tais fatalidades.
Parecia que a RAZÃO tinha alguma ordem para ser a LUZ;
Mas foi sucumbida por uma enganosa EMOÇÃO.
Restou, para cada protagonista, uma cruz;
Um novo controle; um recomeço; outro coração,
Que seja obediente ao grande Deus que nos conduz...