Ao velho "crítico"
Um velho patético
de corpo dormente;
na alma, a dor mexida,
adormecida na mente...
Um homem caquético
ou corpo somente?
Tem a palma estendida
Toda uma vida carente...
A mente fendida,
um corpo dolente
e uma alma ferida...
Há, porém, quem o lamente!
Vejo um esboço patético
no fundo do poético fosso;
ele finge ser moço
e se sente profético!
E é tudo feito inutilmente:
Detrás da mão que escreve
a crítica forçada,
eu vejo um nada!
E se torna evidente
a mente fendida,
a alma ofendida
e um corpo dolente...