Ao velho "crítico"

Um velho patético

de corpo dormente;

na alma, a dor mexida,

adormecida na mente...

Um homem caquético

ou corpo somente?

Tem a palma estendida

Toda uma vida carente...

A mente fendida,

um corpo dolente

e uma alma ferida...

Há, porém, quem o lamente!

Vejo um esboço patético

no fundo do poético fosso;

ele finge ser moço

e se sente profético!

E é tudo feito inutilmente:

Detrás da mão que escreve

a crítica forçada,

eu vejo um nada!

E se torna evidente

a mente fendida,

a alma ofendida

e um corpo dolente...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 22/10/2005
Código do texto: T62323