Mãos desprendidas.

Para quê ser raso diante de tantas variedades?

Para quê o profundo se não se valoriza o grau das intensidades?

Para quê amarrar se em breve vai deixar ir?

Para quê inspirar e logo depois desiludir?

O pretérito que não pode ser perfeito

O errado que não vai ser desfeito

O tudo aquilo que se está fora do contexto

Acredita-se ser agora o desejo que o seu coração não saia do eixo.

Desprenda-se daquele que não quer segurar a sua mão

Percebes que a junção de corpos não é sempre sinônimo da mais pura afeição

Procura o caminho de quem te queira de verdade

Sem falsas juras ou fugas sem necessidade.

Um futuro a dois que foi prometido em troca da sua paciência

Selado por um beijo com olhar carinhoso cheio de veemência

Sofreu a revelação de que brincar covardemente com a estima alheia é opção

Para quem aparenta querer ser livre mas que não escapará um dia da solidão.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 11/01/2018
Código do texto: T6222792
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.