Estranho Ninho Nada é mais impactante, real Do que sentir na caminhada A grudar nas entranhas, O gosto do cheiro da terra. Sonho audaz de massificar o mundo Para não assistir tão somente Todo estagnado: Preto, pranto no peito nosso. O mundo gira, gira. O tempo passa escaldante, E o autoritarismo, mandarim, Do acaso caduca Defecto verborréico. Mas tufo é tão estranho, Somos números demais Para números de menos Sem apertar o botão da paz. Somos um mal necessário Na rota do tempo, Andarilhos das dimensões Viajando diante das escopetas. Escória do mundo? Sim, Somos. Escombro social? Sim. Somos. Um a mais que faz parte Da desigualdade? sim. Somos. Porém, também somos Um grito de alerta numa nação Que precisa sentir o verdadeiro Gosto da terra.