Elegia à Alegria
Alegria
Utopia
Ontem
Hoje
Sempre
Alegrias são
memórias
de glórias
de vitórias
que não foram,
que não são.
Vida passada
entre paredes
escuras.
Muros a mandar
murros para não nos
atrevermos a pular.
Prisões da alma a
quem cortaram as
asas para não
poderem voar.
Quem fez tamanha
maldade?
Quem esmagou nossa
Alegria?
Quem nos roubou a
Liberdade?
Quem matou nossa vontade?
Que bruxedo nos fizeram.
Tamanho que conseguiu
que o medo de tudo
ocupasse este lugar.
Olhos rasos d’água.
Coração cheio de mágoa
Alma triste a definhar.
Já não sabe o que é cantar.
Triste fado a mandar suportar
o fardo.
É o teste da humildade.
O último degrau da humanidade.
Praga em cima de praga.
Não andamos, nos arrastamos
pregados a esta cruz.
Se ao menos dormir fosse alívio.
Mas nem ali temos paz.
Lá vêm os pesadelos
Aumentar os nossos medos.
Pregos, mais pregos
a pregar este corpo
a esta cruz que temos
que carregar.
Lita Moniz
Alegria
Utopia
Ontem
Hoje
Sempre
Alegrias são
memórias
de glórias
de vitórias
que não foram,
que não são.
Vida passada
entre paredes
escuras.
Muros a mandar
murros para não nos
atrevermos a pular.
Prisões da alma a
quem cortaram as
asas para não
poderem voar.
Quem fez tamanha
maldade?
Quem esmagou nossa
Alegria?
Quem nos roubou a
Liberdade?
Quem matou nossa vontade?
Que bruxedo nos fizeram.
Tamanho que conseguiu
que o medo de tudo
ocupasse este lugar.
Olhos rasos d’água.
Coração cheio de mágoa
Alma triste a definhar.
Já não sabe o que é cantar.
Triste fado a mandar suportar
o fardo.
É o teste da humildade.
O último degrau da humanidade.
Praga em cima de praga.
Não andamos, nos arrastamos
pregados a esta cruz.
Se ao menos dormir fosse alívio.
Mas nem ali temos paz.
Lá vêm os pesadelos
Aumentar os nossos medos.
Pregos, mais pregos
a pregar este corpo
a esta cruz que temos
que carregar.
Lita Moniz