VIAGEM

Vírgula, na pausa da leitura,

No intervalo, o suspiro,

No respirar, a coisa , o tiro.

A poesia, nesses dias,

Ficou ridícula,

Encolhida na linha do risco,

A arma apontada

Para a cara

Diz do tudo e do nada.

Abraço?

Amor, nem pensar,

O caminho apagado

Leva ao lado condenado.

Sua rua, sua lua,

Sua alma natural e nua

Foram culpadas e roubadas

Deixando a vida perdida.

Ida, ida, ida e porta...

Quem irá por aqui?

Quem desenhará a volta?

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 09/11/2017
Reeditado em 08/09/2018
Código do texto: T6167398
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