VIAGEM
Vírgula, na pausa da leitura,
No intervalo, o suspiro,
No respirar, a coisa , o tiro.
A poesia, nesses dias,
Ficou ridícula,
Encolhida na linha do risco,
A arma apontada
Para a cara
Diz do tudo e do nada.
Abraço?
Amor, nem pensar,
O caminho apagado
Leva ao lado condenado.
Sua rua, sua lua,
Sua alma natural e nua
Foram culpadas e roubadas
Deixando a vida perdida.
Ida, ida, ida e porta...
Quem irá por aqui?
Quem desenhará a volta?