Em um fundo cor de prata, como uma tela de pintura as luzes eclodiam, centenas de milhões de cores, pensei que alguém festejava minha partida, me senti abandonado, desolado depois retomei para a realidade no entanto - é um triunfo, comemoração, mais encantador que uma queima de fogos de artifícios em festa de passagem de fim de ano. Foi aí que senti meu fim, comecei a perder as sensibilidades e meus olhos começaram a escurecer mas meus ouvidos ainda estava vivo eu ouvia os estalos aumentar cada vez mais enquanto percebi que diminuía de tamanho em um processo rápido, estou do tamanho de um grão de areia...
Eu um grão de areia, tão insignificante perdido nesta imensidão, tem gente que fala terra, gente que fala chão, estou na profundidade do solo, a baixo das rochas, nas crateras, nos vulcões.
Nas dunas entre milhares de milhares que voam no sopro do vento, flutuo, não sei pra onde vou, estou desgarrado, desprendido sem sustentáculo, sou poeira, mas me sufoco quando me pisam, pequenas partículas nas patas de elefantes.
Os passos andados ficarão no passado, futuro em frente, as marcas de meus pés foram todas apagadas, itinerário neste universo, jardim planetário, no trono do cosmo o majestoso me apresenta minha rainha, minha musa de braços aberto me abraça e descansa a cabeça em meu ombro.
Agora os fogos cessaram, recompus, me vejo inteiro, limpo como se estivesse saído do banho.
O fogo das luzes de mostrava a deterioração de toda a minha matéria, outrora enfadonho.
No momento que minhas partículas microscopia morriam explodiam como centelhas de luzes, tudo não passou de o entardecer da vida, depois o anoitecer, agora durmo nesta madrugada tão duradora como eterna por enquanto me curando das feridas, sem pranto.
Antonio Herrero Portilho/26/10/2017.
Nas dunas entre milhares de milhares que voam no sopro do vento, flutuo, não sei pra onde vou, estou desgarrado, desprendido sem sustentáculo, sou poeira, mas me sufoco quando me pisam, pequenas partículas nas patas de elefantes.
Os passos andados ficarão no passado, futuro em frente, as marcas de meus pés foram todas apagadas, itinerário neste universo, jardim planetário, no trono do cosmo o majestoso me apresenta minha rainha, minha musa de braços aberto me abraça e descansa a cabeça em meu ombro.
Agora os fogos cessaram, recompus, me vejo inteiro, limpo como se estivesse saído do banho.
O fogo das luzes de mostrava a deterioração de toda a minha matéria, outrora enfadonho.
No momento que minhas partículas microscopia morriam explodiam como centelhas de luzes, tudo não passou de o entardecer da vida, depois o anoitecer, agora durmo nesta madrugada tão duradora como eterna por enquanto me curando das feridas, sem pranto.
Antonio Herrero Portilho/26/10/2017.