Edital I
Que tardes!
A minha alma pede paz, e diz:
Não sou capaz.
Que tardes! A minha alma não está pronta.
Foge de Ti, se amedronta.
De tanto fugir talvez nem chegue a florir.
Nem recados sagrados consigo dar.
Foge-me o tino.
Desato a correr sem parar de medo de os passar.
Sei que são água da vida, que não os posso reter.
Meu Deus! Não sou nada, não sou ninguém.
Posso pôr tudo a perder.
Vou esperar que homens sedentos a venham buscar.
Que saiam pelo mundo tentando me achar.
A água da vida pede passagem.
Quer seguir viagem, regar o Céu, a Terra e o mar.
Que tardes! Ai de mim!
Não sei se isto é bom ou ruim.
Lita Moniz
Que tardes!
A minha alma pede paz, e diz:
Não sou capaz.
Que tardes! A minha alma não está pronta.
Foge de Ti, se amedronta.
De tanto fugir talvez nem chegue a florir.
Nem recados sagrados consigo dar.
Foge-me o tino.
Desato a correr sem parar de medo de os passar.
Sei que são água da vida, que não os posso reter.
Meu Deus! Não sou nada, não sou ninguém.
Posso pôr tudo a perder.
Vou esperar que homens sedentos a venham buscar.
Que saiam pelo mundo tentando me achar.
A água da vida pede passagem.
Quer seguir viagem, regar o Céu, a Terra e o mar.
Que tardes! Ai de mim!
Não sei se isto é bom ou ruim.
Lita Moniz