CHUVA DE ESTRELAS
Chuva de estrelas!
Não a querem meus olhos para minha alma.
Silêncio de pálpebras fechadas, em sonho, enclausuradas!
Que se derramem os céus,
Que brilhem e rebrilhem os cantos!
A alma reclusa dorme abraçada aos seus desejos.
Que são poucos, pobres, simples e transparentes.
O brilho lá de fora rasga a garganta de todos
Os quereres.
Fiquemos paralisados em regra de três,
E o lógico do que será será
Queiram os poderes ou não.
Da ciência exata os exatos tiros no coração
Que ora diz sim e ora não.
O céu ribombou?
Qual falta salta exata?
O agora do nunca,
A vez que, nova,
O presente trunca.