Uma Volta No Tempo

Indo a um tempo empoeirado e distante

Pelos prantos esparzidos, pelo caminho

Sinto as paixões proibidas, dos amantes

E a dor dos guetos, sem amor e carinho

Ouço o uivo do vento, vindo de longe

Visitando os varais e varrendo o chão

Dançando com árvores e suas frondes

Trazendo lembranças, do meu sertão

Das longínquas casas, dos engenhos

Por onde fragmentos, de mim deixei

Dos velhos casarões, de onde venho

E dos canaviais, por onde me criei

Das idas à fazenda, doces lembranças

Das águas, entre as matas e ladeiras

Que saudade, tenho da minha infância

Açude, igarapé, canaviais e plameiras

Por trilhas sombrias, entre os matagais

Ao canto majestoso, dos passarinhos

Encanto-me, com seus voos magistrais

E os beija-flores, do campo no caminho

Kainha Brito

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