JUSTIFICATIVAS
                                     Solano Brum


Segundo quem me trouxe – Com a Graça de Deus -
A este mundo,
Ela estava – eu em seu colo -,
Três dias depois do meu nascimento -,
debruçada na janela,
Assistindo à Parada de Sete de Setembro!

Com a voz enfática,
E feliz da vida por se lembrar,
Timidamente, contou-me certa vez:

“-Eram muitos os Soldados do “Tiro”...
Em suas fardas de Brim Caqui,
Gorros pendentes nas testas,
E fuzis apoiados nos ombros...
Passavam, garbosos, marchando,
Levantando a poeira,
Enquanto batiamos palmas!
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Registrado que fui,
- Segundo meu pai,
Galista e boiadeiro por profissão -
Em dez de outubro...
- Qual a razão?
Eu nunca quis saber,
tampouco contestei!
“- Quando nasceu o menino?”
Perguntou-lhe o amigo Tabelião.
E ele, feliz da vida lhe respondeu:
“- Hoje! - Olha a minha alegria!”
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Parece história
Inventada e contada,
por mim,
Porém,
Acredito nos dois!
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Sou de Setembro – Por ela. (Está no meu verso!)
Por ele, de outubro – (Por isso, Soldado!)
Ou... Seria o inverso?

           = = = =

O verso surgiu depois de uma discussão (separados que eram). E por eu ter permanecido mais tempo com ele, (Papai) ouvia dizer que eu havia nascido em dez Out 941.
Porém, quando conheci minha querida Mãe, ela, ao Ler a Certidão, contestou e timidamente me contou sua história:
Eis o porque de eu ser Poeta!
Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 05/09/2017
Reeditado em 02/09/2021
Código do texto: T6105749
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